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O RIO PRETO

algumas informações e características ambientais, por Alexandre de Souza Santos


    O rio Preto é o principal rio de São José do Vale do Rio Preto, tendo seu nome inspirado o nome da cidade. O rio Preto nasce no município de Teresópolis e possui 54 km ao todo de curso, cruzando São José do Vale do Rio Preto, banhando parte de Petrópolis, vindo a desaguar no rio Piabanha, no município de Areal. É o principal afluente do rio Piabanha, desses 54 km de curso, a maior parte passa pelo território de São José do Vale do Rio Preto, cerca de 30 km, sendo esta a sua característica física mais marcante. 

 

    O rio Preto tem como um dos seus principais afluentes o rio Paquequer, que recebe grande carga de resíduos provenientes das atividades urbanas e rurais de Teresópolis. Além do rio Paquequer, podemos destacar ainda, entre os afluentes do rio Preto, o rio Bonito, o córrego Sujo e o córrego do Capim, sendo estes marcos naturais e delimitadores do município, com Petrópolis, Três Rios e Teresópolis.

 

    O rio Preto recebe emissários de galerias pluviais, sedimentos do processo de erosão das encostas, bem como grande carga de esgoto doméstico e industrial, em sua maioria sem qualquer tipo de tratamento prévio, o que gera sérios problemas de assoreamento, poluição e contaminação de suas águas.
 

    Junto aos impactos decorrentes dos processos de assoreamento e poluição do rio Preto, há o problema da degradação de suas matas ciliares (Áreas de Preservação Permanente - APPs), principalmente nos trechos com maior concentração urbana e densidade populacional, o que também é um sério problema a ser enfrentado pela gestão municipal.

Rio Preto em foco - o seu, o meu e o nosso

por Antonio Sobral

   A exposição é um convite a olhar para o Rio Preto, através de um prisma de abordagens: fotografia, urbanismo, biologia, arte conceitual, rádio-documentario, livro, artesanato, desenho, filme...  É hora de olharmos para o Rio Preto, e ver a sua parte, a sua potência na vida do município.

 

   O conselho de cultura, com o apoio da lei Aldir Blanc, convidou agentes da cultura locais para se expressarem a partir do mote "Rio preto em foco"; os premiados deste edital apresentam aqui seus trabalhos. Quando houverem condições mais seguras para a aglomeração, esperamos receber a todos e todas para uma exposição presencial no Centro de Cultura! Queremos conversas e debates abertos, reunindo os cidadãos e artistas que se expressaram nesta exposição, o poder publico e todos que estiverem interessados em somar no debate. Vamos também nos permitir o exercício de imaginar um futuro ideal: este será um norte, e o começo de uma participação cidadã para que sejamos ao menos uma parte das forças que compõem o tempo presente. Lhes desejo uma prazerosa descida pelas corredeiras. Ao longo da exposição, o Rio nos atravessa com historias alegres de um tempo passado, em que o Rio tinha praia pra nadar, e até se podia acampar numa ilha. Historias de perdas, na infeliz surpresa da enchente em 2011, que acompanham historias de solidariedade, quando as pessoas eram abrigadas pelos seus vizinhos e se ajudavam para reconstruir uma normalidade.

 

   Em fotografias, desenhos e artesanato, artistas produziram imagens idílicas de aguas caudalosas que cortam uma mata frondosa, e outras tristes, pois quando o lixo deixa o Rio triste, assim fica a sua imagem. Queremos pensar o futuro do Rio juntos.

   Apresentamos um projeto urbanístico, valorizando o enorme potencial de turismo ecológico e de área de lazer, adaptada para receber a população local.  Canções compostas especialmente para a exposição, que são exaltações líricas, homenageiam a beleza do Rio, a cidade e o tempo que a percorre junto às aguas. Nos trazendo de volta ao futuro, tem uma imagem-poema conceitual, de um artista que também é escalador, e que foi a todas as nascentes do Rio Preto, para, a partir de uma ferramenta digital, gerar palavras que fixassem um ponto no mapa, indicando estas localidades. Outro projeto investiga a historia e o significado cultural da gastronomia local: antigos livros de receita redescobertos, que revelam o uso comunitário de terras, o aproveitamento dos peixes do Rio e da cana-de-açucar, nas deliciosas antigas receitas da roça. Finalmente, uma bióloga que é professora municipal, foi premiada para promover um ciclo de educação ambiental para crianças, ensinando a importância da mata ciliar, e fazendo o plantio de arvores ornamentais nativas nas margens do Rio Preto. Vamos regenerar?

             Os participantes

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Website criado com o apoio da Lei Aldir Blanc, do Conselho e da Secretaria municipais de cultura de S.J.V.R.P.

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